Professores e outros profissionais da Universidade Estadual de Goiás (UEG) realizaram, na tarde desta terça-feira, 19, uma manifestação por melhores condições de trabalho, na Praça Cívica. Um docente do Campus de Goiás, que pediu para não ser identificado por medo de represálias, afirmou que a motivação do manifesto foi o salário atrasado de dezembro, mas não só isso.
Conforme o professor, as condições de trabalho em todos os campus da UEG estão precárias. Ele informou que os alunos perderam o estágio, por não haver mais o seguro obrigatório para a realização; que não há gasolina para trabalhos de campo; e que os profissionais têm pagado do próprio bolso, inclusive, buscando palestrantes quando há eventos.
“Não tem papel nem para imprimir planos de ensino e nossos planos de aula. O trabalho docente na UEG está impraticável”, desabafou.
Questionado sobre expectativas, o professor respondeu sem ânimo: “Não sabemos o que será do futuro. O que sabemos é que as condições estão precárias”. O Jornal Opção procurou a assessoria de imprensa da UEG para comentar a manifestação e, também, as situações apontadas, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto e esta matéria poderá ser atualizada.
[Atualização] Em nota, a UEG informou que as atividades em mais de 90% de seus Câmpus seguem normalmente. “Até o presente momento, a reitoria da UEG não recebeu nenhum tipo de notificação oficial sobre paralisações e/ou indicativos de greves. Nesta manhã a reitoria da Universidade recebeu oficialmente documento do qual constam sete reinvindicações do grupo UEG em Movimento. As respostas às demandas já estão sendo preparadas. Também será agendada reunião com o grupo”.